Hoje, há exatos vinte anos, o mundo perdia um dos pilotos mais rápidos e arrojados da história e uma grande pessoa. Estamos falando de ninguém menos que Ayrton Senna do Brasil.
Nasci no ano seguinte à primeira vitória de Senna na Fórmula Um. Embora pequeno, lembro-me de assistir às corridas pela televisão com meu pai. Ele foi o grande responsável por minha paixão pelas corridas e pelo Senna.
Lembro que, naquele trágico primeiro de maio de 1994, não chorei. Eu tinha apenas oito anos e não tinha muita noção dessas coisas como a morte. Mesmo assim, é claro que eu vi que os fins de semana já não eram mais os mesmos. E eu e meu pai deixamos de assistir às corridas. Só voltei a acompanhar a Fórmula Um muitos, muitos anos depois. Meu pai não voltou, assim como a maioria dos brasileiros. Isso porque não apareceu um campeão desde Senna. E assim, o Brasil, que brilhou na Fórmula Um durante as décadas de 70, 80 e início da década de 90, perdeu muito de seu brilho com respeito ao automobilismo internacional.
Embora tenha falecido num ano em que muitos esperavam que se sagrasse tetracampeão (o que era, de fato, muito provável), Senna deixou sua marca profunda na história do automobilismo e, mais importante, nos corações das pessoas, não só de brasileiros, mas também de japoneses, ingleses e de quem mais teve contato com este gênio. Aliás, “gênio” (天才) é um dos apelidos de Senna no Japão, assim como “príncipe da velocidade da luz” (音速の貴公子).
Além das corridas fantásticas e de seus três campeonatos, outra coisa que permanece em nossa memória é a generosidade de Senna, inclusive sob a forma do Instituto Ayrton Senna que, desde 1994 até hoje, ajuda na educação de crianças e a torná-las cidadãos mais conscientes e mais capacitados.
Com certeza, o exemplo de Senna e seus feitos incríveis continuarão na memória e no coração de quem teve o prazer de ter contato com ele ou com seu enorme legado. Fica também sua enorme determinação e seu igualmente grande desejo de vitória como inspiração para todos nós.
Archive for the ‘Formula 1’ Category
Vinte anos sem Ayrton Senna
2014/05/012012 Brazilian Grand Prix
2012/12/18After the last Grand Prix, I believe even more in the fact that Interlagos is specialising itself in thrilling races.
Before the race, I spent the entire morning watching videos and reading articles about the Grand Prix (to get into the mood of the race). And nearly every one of them ended with something like “but nothing is decided yet, everything can happen, after all we’re in São Paulo”. I really thought it was an overstatement… until the race began.
In the very first lap, the championship leader Sebastian Vettel (Red Bull Racing-Renault) collided with Bruno Senna (Williams-Renault) and spun. Nevertheless, he was able to continue the race in the 22nd position.
On lap 5, Fernando Alonso (Ferrari) missed the breaking point and ran wild in the Senna’s ‘S’, losing his 3rd place to Nico Hülkenberg (Force India-Mercedes).
On lap 7, Lewis Hamilton (McLaren-Mercedes) challenged Jenson Button (McLaren-Mercedes) for the lead and Mark Webber (Red Bull Racing-Renault) spun out in the Senna’s ‘S’.
On lap 19, Hülkenberg overtook Button on the main straight.
On lap 21, Nico Rosberg (Mercedes) had a puncture due to debris.
Because of the debris, safety car was brought out on lap 23. The restart occurred in lap 30.
On lap 54, Kimi Räikkönen (Lotus-Renault) had problems controlling his car on Junção and went out of the track. Then he tried to get back to track using a lane, but the access was closed and he had to turn around and used the grass to return to the track.
On lap 55, Hülkenberg lost control and hit Hamilton in the Senna’s ‘S’ while trying an overtake, which granted a drive through penalty to him.
With just two laps remaining, Paul di Resta (Force India-Mercedes) crashed on the main straight, what brought the safety car out again. In the end, the checkered flag was waved in safety car condition. A tranquil end to an eventful race.
The race positions in the end were:
1) | Jenson Button | 1:45:22.656 | |
2) | Fernando Alonso | +2.7 s | |
3) | Felipe Massa | +3.6 s | |
4) | Mark Webber | +4.9 s | |
5) | Nico Hülkenberg | +5.7 s | |
6) | Sebastian Vettel | +9.4 s |
And the championship standings after the race:
1) | Sebastian Vettel | 281 points | |
2) | Fernando Alonso | 278 points | |
3) | Kimi Räikkönen | 207 points | |
4) | Lewis Hamilton | 190 points | |
5) | Jenson Button | 188 points |
With this race, the young German Sebastian Vettel, 25, clinched his third world title (all in a row). And broke another record, becoming the youngest triple world champion, record previously held by Ayrton Senna.
rFactor 2 – First public trailer
2011/10/29If you are an avid racing simmer waiting for years (literally) the release of rFactor 2, you’ll probably love this video. If you’re not, I hope you like it as well. Below, I include the text posted in the game’s website (http://rfactor.net):
If you enjoyed the old MGM movie, Grand Prix, we’re sure you’ll enjoy this “movie style” promo video featuring rFactor 2 in work-in-progress beta testing stage.
Grand Prix racing in the 1960′s was a mixture of bravery that bordered on recklessness and, contrary to what many may say, innovative design and technology, far from primitive, which led Formula One to where it is today.
It was an era when the human eye, instead of a computer and a wind tunnel, designed a beautiful car. It was an era where spectators and drivers were only protected by bales of hay, which were often more likely to attribute to a fire than to save you in an impact.
Risks were taken and lives were lost, but the romance of the era still remains been the target of software developers, TV documentaries, and Hollywood movies. Many, including those of us at ISI, consider this space in time to be a golden age in the history of motorsport.
The first in-game/sim screenshot of rFactor 2 released to the public was of a road lined with trees, a house on the right and a truck parked in its driveway. This, barely recognizable to us as the same track now, was the first indication that ISI were trying to do something different.
We have licensed content from the modern era of motorsport for multiple types of racing, but also have licensing deals for real content from the first four decades of Formula One (some in the initial release, some to come later). We’ve done this because this is what we love and this is what we want to bring to the racing game/sim community. We want you to be challenged by our software, to be challenged rain or shine, day or night, old or new, and what better track to challenge you than the streets of Monte-Carlo?
Grand Prix 4: one lap at Suzuka
2011/09/11A video that I made showing a flying lap at Suzuka in the game Grand Prix 4 (the last installment of this great racing sim series).
Driver’s helmet view: 00:28
TV camera: 02:19
Onboard camera: 04:07
Lap time: 1:33:797
Input method: Playstation 1 analog controller
Difficult level: pro
Driving aids: none
Team: Orange Arrows Asiatech
Driver: Enrique Bernoldi
アイルトン・セナ ~音速の彼方へ
2010/11/18音速の貴公子が戻って来ました。映画館に。
ブラジルからの偉人について新しい映画は万国共通の映画館に映しています。
この制作のウェブサイトは http://senna-movie.jp です。
セナの物語はきっと永遠に伝わります!
下記の予告編をご覧下さい:
Senna – o filme
2010/10/30“Ele foi o melhor piloto que já existiu”. Ninguém menos que o tricampeão e lenda viva Niki Lauda falando sobre o também lendário tricampeão Ayrton Senna. A frase está estampada no cartaz do filme sobre o piloto brasileiro:
Dia 12 de novembro, sexta-feira, estreia aqui no Brasil um documentário sobre Senna feito para o cinema. Dirigido pelo britânico Asif Kapadia, a produção narra a inesquecível jornada de Senna pela Fórmula 1, desde sua estreia em 1984 pela equipe Toleman, passando pela mítica Lotus (de 1985 a 1987), barbarizando na McLaren (de 1988 a 1993), até sua morte em 1994 na Williams. Também estão presentes cenas do piloto fora das pistas, descansando com a família e amigos. O filme conta com uma série de imagens do heroi e entrevistas inéditas com personalidades como Alain Prost, Ron Dennis e Frank Williams.
Além dos duelos nas pistas, o filme também revela os conflitos políticos por que passou Senna, notadamente nas decisões dos títulos de 1989 e 1990 com Prost.
Confira uma prévia deste trabalho:
Toda vez que vejo este vídeo, fico realmente emocionado.
Com certeza, o heroi não será esquecido!
Vergonha…
2010/07/27Sinceramente, não queria escrever sobre o mesmo tema em dois artigos seguidos, mas a Ferrari me obrigou a isso. Quem assistiu ao Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 (ou acompanhou as notícias esportivas) já sabe do que se trata. Vergonha é o que sinto. Já que a Ferrari não tem vergonha na cara, eu sinto vergonha deles.
Quando vi aquilo, fiquei com vontade de xingar muito no tuíter.
Se eu quisesse ver palhaçada, iria num circo.
A Red Bull Racing e a McLaren, por exemplo, já tiveram seus pilotos em primeiro e segundo lugares e não deram ordens para trocarem de posição ou coisa do gênero, inclusive Vettel e Webber (ambos da Red Bull Racing) se tocaram brigando pela liderança, o que mostra claramente que a equipe possui bom senso esportivo e, diferentemente da Ferrari, não se escora em alterações de resultados.
E para você, Fernando Alsonso, tenho a dizer o seguinte: você é ridículo! Sim, porque um piloto que não consegue ultrapassar na pista e depende de ordens de equipe para fazê-lo não merece nem um pouquinho do meu respeito. Não é de hoje que Alonso não me desce. Desde há muito, ele se mostra um “companheiro” de equipe que ninguém quer ter, talvez seja porque companheirismo e cooperação não façam parte de seu dicionário, ou melhor, fazem somente quando lhe convém. Acho que ele é um tipo de Schumacher da vida: sujão e antiesportivo. Ambos são maquiavélicos: a vitória a qualquer custo.
Lembremos da marmelada do GP de Cingapura em 2008, em que Nelsinho Piquet bateu sua Renault deliberadamente com a intenção de trazer o carro de segurança e garantir a vitória do espanhol.
A saber, a Ferrari foi multada em 178 mil reais (na verdade, 100 mil dólares) pelo jogo de equipe e irá a tribunal, sendo que pode ser desclassificada do GP da Alemanha. Particularmente, acho até que é pouco, pois se trata de reincidência: em 2002, na Áustria, Barrichello deixou Schumacher passar para vencer o GP por ordem de equipe.
Aliás, como não há muito a fazer, podemos dar umas risadas com uma charge sobre o assunto.
Ayrton Senna do Brasil!!!
2009/08/06Há 15 anos, perdemos um herói nacional (tá bom, tem gente que discorda, mas já que este blogue reflete a minha opinião…): Ayrton Senna da Silva, [talvez] mais conhecido como Ayrton Senna do Brasil! Bom, na verdade, estou um “pouquinho” atrasado, já que se completou 15 anos de seu falecimento no dia 01 de maio deste ano. Mesmo assim, vale a pena sempre relembrar este grande brasileiro. Até porque tenho uma admiração gigante por ele.
Certa vez, li em algum lugar (de que não me recordo) que Ayrton Senna representava muito mais do que um brasileiro vencedor, representava um Brasil vencedor! Um Brasil que luta, esforça-se e chega lá, honestamente. Pensando nisso, concordo com esta proposição. De alguma forma, ele se destacou deveras, até mesmo de outros grandes campeões como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet. Bom, os motivos de seu sucesso são diversos, mas gostaria de relembrar dois momentos raros (não se vê mais hoje em dia). O primeiro é o Grande Prêmio (GP) da Grã-Bretanha (Inglaterra) de 1991, em que Senna sofre uma “pane seca” na última volta e pega carona com o vencedor Nigel Mansell (correndo em “casa”):
O segundo é o GP da Bélgica de 1992, em que o francês Érik Comas sofre um acidente durante os treinos e Senna pára seu carro para ajudar o colega. O piloto brasileiro desliga o motor do carro acidentado e segura a cabeça de Comas numa posição estável até a chegada da equipe médica, salvando a vida do francês:
Ayrton Senna ganhou três campeonatos de Fórmula 1: 1988, 1990 e 1991, todos correndo pela McLaren-Honda. Aliás, Senna construiu um relacionamento muito forte com a Honda. Segundo o francês Alain Prost (um dos maiores rivais de Senna, se não o maior), a Honda o considerava mais para o computador, enquanto Senna era mais para o samurai. De fato, Ayrton angariou o carinho dos japoneses, atingindo lá um estado quase mítico.
No vídeo abaixo, você vê um resumo dos carros pilotados por Senna:
Mesmo a Fórmula 1 (categoria máxima do automobilismo) sendo de origem européia, a maior parte do mundo considera Ayrton Senna como o melhor piloto de todos os tempos! É muito raro o Brasil ser reconhecido como melhor em qualquer coisa (é claro que não me esqueci do futebol), mas Senna é aclamado mundialmente, e isso nos orgulha muito, com certeza! Certa vez, li num fórum internacional: “God needed to learn how to drive a car, that’s why He took Senna away!” (Deus precisou aprender a dirigir, por isso Ele levou Senna), tal frase me deixou sinceramente emocionado. Grande piloto e grande pessoa. Além disso, ao contrário de muitos, não tinha vergonha de ser brasileiro, muito pelo contrário, sempre tentou levar uma imagem positiva do país e brandia nossa bandeira!
Hoje em dia, os institutos e fundações de assistência social “pipocam”, porém há 15 anos não era bem assim. Ayrton Senna queria fazer mais pelo Brasil, principalmente pelas pessoas desfavorecidas, daí nasceu o Instituto Ayrton Senna, presidido por sua irmã, Viviane Senna e que até hoje ajuda várias crianças brasileiras num aspecto importantíssimo: a educação.
Com certeza, faz-nos muita falta este vencedor. Fique com Deus, Ayrton Senna do Brasil!!!